terça-feira, 21 de outubro de 2008

Elogio ao Amor


"...Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá tudo bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.•
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar..."

Miguel Esteves Cardoso - Excerto de "Elogio ao Amor"

domingo, 12 de outubro de 2008

3ª Jornada de Hiperactividade do ESCA (Lisboa, 22 Nov 2008)

Hiperactividade

Défice de Atenção

Inclusão


3ª Jornada de Hiperactividade do ESCA

Lisboa 22 Novembro 2008-10-12

(inscrições on-line em www.esca.pt)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

SOS - para pais e jovens aflitos!

Esta fotografia é parte de uma entrevista do Professor Renato Paiva, do ESCA, à Revista "Saber Viver", que saíu há dias.

Parabéns!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

demagogia

A Ministra da Saúde disse hoje na AR que nunca tinha prescrito a vacina anti-pneumocócica, de seu nome comercial Prevenar®.
Ana Jorge foi presidente da ARS de Lisboa, e depois chefe de serviço do Hospital Garcia de Orta, desde a data em que a vacina foi introduzida no mercado (2001). Não fazia clínica privada nem consulta externa. Não deve, por isso, ter tido grandes oportunidades de receitar esta vacina...

Espero, contudo, que não carregue na consciência nenhuma morte evitável por meningite ou septicemia a pneumococos, causada por um dos sete serogrupos que formam 75% do leque que existe em Portugal. Nunca o saberá, daí a sua afirmação ser tão simples como quase leviana.

A Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda a vacina desde há largos anos, e os organismos internacionais e múltiplos países introduziram-na nos respectivos programas de vacinação. Portugal não. A vacinação com 4 doses custa 320€ aos pais. Podia custar apenas 80€ ao Estado. Ou apenas 180€ aos pais se fosse comparticipada. Se custasse um euro já estava no PNV - aposto. É isso que me choca. A prevenção de meningites e septicemias (e de mortes e de handicaps fica reservada aos ricos - será esta a política socialista?).

Desculpe, senhora Ministra: se tivesse um filho ou um neto com menos de dois anos, recomendaria a vacina? Apenas uma mera pergunta de quem anda há anos e anos a estudar o assunto... mas não me demita por escrever isto, como fez o seu antecessor, até porque ele já me perseguiu e demitiu... mesmo que ilegalmente, mas demitiu... Há seis anos... Por recomendar uma vacina que ele dizia ser "ineficaz para uma doença que não existia"... E passados apenas dois anos integrou-a com pompa e circunstância no Programa de Vacinação (a da meningite C).

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Nova Lei do Divórcio


Foi aprovada em Setembro 2008 na Assembleia da República a nova Lei do Divórcio, terminando a figura jurídica de “Divórcio Litigioso”. Termina também(na legislação....) também a noção de "culpa", para tristeza de muitos....!!

Espera-se, à “luz dos países mais desenvolvidos”, o incremento da Mediação Familiar, como forma de defender os reais interesses das crianças. Esta, é uma forma consensual e voluntária de resolução de conflitos, mediada por um profissional -o mediador- que com uma actuação imparcial e neutra trabalha, com o casal em causa, de forma a alcançar soluções mais adequadas a todos.