sábado, 31 de maio de 2008
Indispensável - Hóspedes indesejados - até 15 de Junho
A não perder - uma brilhante peça de teatro, feita de diversas cenas, com textos recolhidos e muito bem encenados por João Mota.
Indispensável para quem é pai ou mãe, filho ou filha, ou profissional que lida com crianças. Situações do dia-a-dia que revelam confrontos, ambiguidades, ambivalências e sentimentos, nomeadamente expectativas quanto ao que somos, fomos e esperamos ser... ou o que vemos e projectamos nos nossos filhos, com os conflitos internos inerentes.
Amor e ódio, ternura e amargura, nostalgia e envelhecimento, ingenuidade, pureza e malícia, sonho e fantasia. De tudo um pouco.
Pessoalmente, chorei a rir, mas também chorei sem riso. Pelo que vos recomendo - têm duas semanas para ir ver, e os preços são módicos (5€ dias de semana e 10€ nos fins de semana. Quarta a Sábado às 21h30 - Domingo às 16h. Não percam! No Teatro "A Comuna", na Praça de Espanha.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Poesia de Rita Santos
A Rita Santos, de 14 anos, teve a coragem de partilhar, no blogue do ESCA, poesia, que lhe vem do coração. A ela agradece-se esta iniciativa e espera-se que incentive outros adolescentes (e crianças e adultos) que comecem a fazer parte deste espaço de partilha(s).
A tristeza
A tristeza
é uma fraqueza
que deixa o coração
na mão
e a alma
no chão.
A paixão
mais parece um camião
que cai
estatelado no coração.
Para quê chorar?
Quando se pode amar!
talvez porque parece que a vida vai acabar!?
mas depois o caminho voltamos a encontrar!!
Tenho de me alegrar
para não chorar
Só de pensar
do quão longe tu vais estar...
Rita Santos, 14 anos
Enivrez-Vous
"Enivrez-Vous
Tout est là:c'est l'unique question.
Pour ne pas sentir
l'horrible fardeau du Temps
qui brise vos épaules
et vous penche vers la terre,
il faut vous enivrer sans trêve.
Mais de quoi?
De vin,
de poésie,
ou de vertu,
à votre guise.
Mais enivrez-vous.
Et si quelquefois,
sur les marches d'un palais,
sur l'herbe verte d'un fossé,
dans la solitude morne de votre chambre,
vous vous réveillez,
l'ivresse déjà diminuée ou disparue,
demandez au vent,
à la vague,
à l'étoile,
à l'oiseau,
à l'horloge,
à tout ce qui fuit,
à tout ce qui gémit,
à tout ce qui roule,
à tout ce qui chante,
à tout ce qui parle,
demandez quelle heure il est;
et le vent,
la vague,
l'étoile,
l'oiseau,
l'horloge,
vous répondront:
"Il est l'heure de s'enivrer!
Pour n'être pas les esclaves martyrisés du Temps,
enivrez-vous;enivrez-vous sans cesse!
De vin, de poésie ou de vertu,
à votre guise."
Baudelaire
quarta-feira, 28 de maio de 2008
"fim último da vida"
"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o "fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"
João Pereira Coutinho
segunda-feira, 19 de maio de 2008
C´Alma
Nota: inicío hoje, neste espaço do blogue do ESCA, crónicas da vida real onde a semelhança com a realidade será(?) pura coincidência.
Carlos
Carlos é contabilista. Das contas e da vida. Vive para evitar surpresas. Face a contas-correntes e a emoções esporádicas. Dia a dia, todos os dias. Dia a dia, confere as contas da vida.
Mulher e filho reconhecem-lhe ordem.
Mulher e filho vêem-no com ordem. Percebem-no na ordem.
gravata direita, barba bem feita
calças de vinco, vinco alinhado
palavras estudadas, emoções sanadas.
no deve e haver das contas não falha
não há crash de números que o surpreenda
para tudo foi avisado,
serás alguém na vida!
olha para o lado contrário das mágoas…
para sempre,
às profecias maternas agarrado.
Carlos o contabilista,
Das contas-correntes e da vida
Tudo previu, nada sentiu.
Carlos é contabilista. Das contas e da vida. Vive para evitar surpresas. Face a contas-correntes e a emoções esporádicas. Dia a dia, todos os dias. Dia a dia, confere as contas da vida.
Mulher e filho reconhecem-lhe ordem.
Mulher e filho vêem-no com ordem. Percebem-no na ordem.
gravata direita, barba bem feita
calças de vinco, vinco alinhado
palavras estudadas, emoções sanadas.
no deve e haver das contas não falha
não há crash de números que o surpreenda
para tudo foi avisado,
serás alguém na vida!
olha para o lado contrário das mágoas…
para sempre,
às profecias maternas agarrado.
Carlos o contabilista,
Das contas-correntes e da vida
Tudo previu, nada sentiu.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Oficina Alto&Falante no Museu da Música em Lisboa.
Dia dos Museus
MuSEU da MúsicA
.:: Alto & Falante // Domingo, 18 de Maio // 11:00 h e 14:30
Oficina de Simão Costa com Ágata Mandillo que proporciona um contacto directo das crianças com as novas tecnologias de informática musical, estimulando a sua curiosidade pelos fenómenos do som e da música e promovendo o desenvolvimento musical ao nível da percepção auditiva e da criatividade.
No contexto deste projecto, as crianças têm oportunidade de experimentar as potencialidades tecnológicas na área do processamento de sinal digital áudio. Essa experimentação acontece a par e passo com vários jogos de ouvir, produzir, guardar, tocar e organizar sons através de exercícios práticos…
Criar Música é aqui entendido como exercício lúdico de produção/fabricação de sons, audição, armazenamento, manipulação e processamento sem recorrer às tradicionais “notas musicais”, mas utilizando uma ferramenta potente e flexível: o computador.
Público-alvo: crianças do 1.º ciclo do ensino básico (5 aos 10 anos)
Duração da actividade: 50 minutos
Número máximo de participantes por sessão: Aproximadamente 20 (marcação prévia)
http://museu-musica.blogspot.com/
Informações e Marcações:
Museu da Música
Est. Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA
PORTUGAL
Tel: (351) 21 771 09 90
Fax: (351) 21 771 09 99
email: mmusica@ipmuseus.pt
MuSEU da MúsicA
.:: Alto & Falante // Domingo, 18 de Maio // 11:00 h e 14:30
Oficina de Simão Costa com Ágata Mandillo que proporciona um contacto directo das crianças com as novas tecnologias de informática musical, estimulando a sua curiosidade pelos fenómenos do som e da música e promovendo o desenvolvimento musical ao nível da percepção auditiva e da criatividade.
No contexto deste projecto, as crianças têm oportunidade de experimentar as potencialidades tecnológicas na área do processamento de sinal digital áudio. Essa experimentação acontece a par e passo com vários jogos de ouvir, produzir, guardar, tocar e organizar sons através de exercícios práticos…
Criar Música é aqui entendido como exercício lúdico de produção/fabricação de sons, audição, armazenamento, manipulação e processamento sem recorrer às tradicionais “notas musicais”, mas utilizando uma ferramenta potente e flexível: o computador.
Público-alvo: crianças do 1.º ciclo do ensino básico (5 aos 10 anos)
Duração da actividade: 50 minutos
Número máximo de participantes por sessão: Aproximadamente 20 (marcação prévia)
http://museu-musica.blogspot.com/
Informações e Marcações:
Museu da Música
Est. Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA
PORTUGAL
Tel: (351) 21 771 09 90
Fax: (351) 21 771 09 99
email: mmusica@ipmuseus.pt
Oficina "Ar dos Artistas" na Culturgest
Ouvir Ou “Ouver”?
O Ar dos Artistas em Maio, com Simão Costa
17, 24, 31 de Maio de 2008, das 15h às 17h30.
Nome da actividade: Ar dos Artistas: Ouvir Ou “Ouver”?
Local de realização: sala do Serviço Educativo
Horário: 15h às 17h30
Concepção e orientação: Simão Costa e Ágata Mandillo
Público-alvo: dos 7 aos 12 anos
Breve descrição
Oficina interactiva que recorre às novas tecnologias da informática musical para proporcionar uma viagem inesquecível através do som . Vamos Ouvir ou Ver com os Ouvidos?
Inscrições e informaçõesCarmo RoloTel. 21 790 54 54 · Fax 21 848 39 03
culturgest.servicoeducativo@cgd.pt
Mais infos em:
http://www.culturgest.pt/actual/se_outras_actividades.html
O Ar dos Artistas em Maio, com Simão Costa
17, 24, 31 de Maio de 2008, das 15h às 17h30.
Nome da actividade: Ar dos Artistas: Ouvir Ou “Ouver”?
Local de realização: sala do Serviço Educativo
Horário: 15h às 17h30
Concepção e orientação: Simão Costa e Ágata Mandillo
Público-alvo: dos 7 aos 12 anos
Breve descrição
Oficina interactiva que recorre às novas tecnologias da informática musical para proporcionar uma viagem inesquecível através do som . Vamos Ouvir ou Ver com os Ouvidos?
Inscrições e informaçõesCarmo RoloTel. 21 790 54 54 · Fax 21 848 39 03
culturgest.servicoeducativo@cgd.pt
Mais infos em:
http://www.culturgest.pt/actual/se_outras_actividades.html
segunda-feira, 12 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Monstra- Festival de Animação de Lisboa
Festival de Animação de Lisboa 2008
8 a 18 de Maio
Não percam!
A Monstrinha, para os mais pequeninos!
Vejam o programa em:
http://www.monstrafestival.com/
quinta-feira, 8 de maio de 2008
SONS NO ESPAÇO - PARA VER COM OS OUVIDOS!
Fundação Calouste Gulbenkian
Centro de Arte Moderna
José de Azeredo Perdigão
Oficina Experimental - Laboratório de Artes
SONS NO ESPAÇO - PARA VER COM OS OUVIDOS!
Oficina criativa
11-05-2008
15.00 às 18.00
(*) É necessário efectuar reserva.
Será possível ver com os ouvidos? Quantas dimensões tem o som?A visita à exposição serve de fio condutor para descobrir que pontos, linhas, planos e espaços tem o som desta exposição. Com a ajuda de meios tecnológico torna-se possível ver o som e ouvir as artes plásticas. Uma viagem transdisciplinar e prática que ensina a “ouver” - ver com os ouvidos.
Idades 10 aos 15 anos
Realização11 Maio (Dom.) 15:00 às 18:00
Concepção e Orientação: Simão Costa e Patricia Craveiro Lopes
Nº de participantes 15
Preço 5€ / participante
MARCAÇÕES / INFORMAÇÕES a partir do mês anterior à realização da actividade 2ª a 6ª, 10h00 às 13h00tf. 21 782 3477 / fax 21 782 3061
e-mail cam-visitas@gulbenkian.pt
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Um luto implica perder a esperança
Álvaro Ferreira, é psicólogo clínico e psicoterapeuta, trabalhando como assistente hospital de Psicologia Clìnica. Aceitou o desafio de nos ajudar a entender o sofrimento de ver um filho desaparecer.
ISABEL STILWELL
É possível fazer um luto, enquanto ainda se alimenta esperança de encontrar uma criança?
Não! Como todos dizemos, “a esperança é a última a morrer”. E para se fazer um luto – não patológico - é preciso perder a esperança do filho estar vivo.
Os pais ficam eternamente «presos» ao desaparecimento?
Há uma parte de si que irremediavelmente desapareceu. Todos os pais (não doentes) o sabem ou pressentem. E a clínica demonstra-o. Assim, continuarão “com a vida”, se forem suficientemente fortes para lidar e pedir ajuda face às suas fragilidades. Caso contrário “morrerão em vida”, ou por outras palavras, ficarão psicologicamente doentes.
Ambicionamos ser capazes de proteger os nossos filhos de uma forma omnipresente. Quando não o conseguimos, instala-se a culpa?
A criança é um ser vulnerável demorando muito o processo de autonomia. O primeiro dever dos pais é o de a proteger. Esse elo de responsabilidade perdura para sempre. Qualquer mal que lhe aconteça é sentido com enorme culpabilidade, que não poderá confundir-se com “culpa jurídica”.
Pai e a mãe fazem lutos de formas diferentes. Há casais que se separam na sequência da morte ou desaparecimento de uma criança?
É comum a separação do casal na sequência de problemas graves que ocorram com um filho. Ao contrário de unir, a dor da perda poderá reactivar as diferentes formas de defesas psicológicas que cada um possui. E independentemente da possibilidade de responsabilizações mútuas o desaparecimento do filho representa a falha individual, mas também a de casal. Sair da relação poderá ser a fantasia do “começar de novo”.
Os irmãos de crianças destas crianças, tendem a sentir-se ignorados?
Uma criança precisa de ser sentida como a mais importante do mundo aos seus olhos. Se assim acontecer os reequilíbrios emocionais vão dar-se. Porém, existe frequentemente uma grande “raiva” (muitas vezes contida e não percebida pelos outros) pelo irmão que o retirou do “centro do mundo”.
A necessidade que muitas pessoas parecem ter de, como no caso de Maddie, tornar os pais nos maus da fita, é uma forma de dizerem «os pais são maus, por isso têm o que merecem, nós somos bons, por isso os nossos filhos estão seguros?»
Muito antes de serem considerados por alguns como os possíveis “assassinos” – remetendo para provas judiciais - já seriam porventura os “assassinos do descuido”, por muitos mais. Os julgamentos em “praça pública”, curiosamente com flutuações bruscas e inesperadas (estes pais tiveram das maiores ondas de solidariedade que se conhece), representam muitas vezes a possibilidade e necessidade de colocarmos nos outros os nossos grandes medos. Desde logo o de sermos ou não bons pais. E de nos defendermos emocionalmente do inesperado e do estranho.
Somos capazes de perceber os sentimentos reais das pessoas pelas suas expressões faciais?
A ciência tem tido no seu percurso grandes mudanças, nomeadamente nos modelos teóricos. Ainda hoje há uma enorme influência do positivismo do séc. XIX, nomeadamente na crença que tudo é possível provar e descrever “objectivamente”. Conhecer o Outro é perceber a sua dimensão única e particular. Pretender reconhecer sentimentos pelas expressões faciais (entre outras metodologias que já foram igualmente utilizadas) é uma forma perigosa e cobarde de dizermos que não podemos ou não sabemos chegar à compreensão do ser humano. E a nossa história está repleta destes abusos da(s) pseudo-ciências(s).
Bilhete de Identidade
Nome: Álvaro Ferreira
Profissão: Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta
Cargo: Assistente Hospitalar de Psicologia Clínica
quinta-feira, 1 de maio de 2008
hoje é o Dia da Espiga
A oliveira, símbolo do azeite; a espiga, que traduz o pão; o malmequer amarelo, que significa ouro, e a papoila encarnada, que nos traz a alegria.
Quinta-feira de Ascensão - Dia da Espiga. É fazer o raminho e conservá-lo até para o ano, atrás da porta da entrada, para dar sorte. Dará?
Segundo a tradição, no Dia da Espiga, considerado o "dia mais santo do ano", não se trabalhava - este ano calhou, precisamente, no dia dos Trabalhadores. Será muito difícil ocorrer novamente esta coincidência.
Era também chamado o "dia da hora", porque ao meio-dia tudo parava: "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". E ao meio-dia colher-se-iam as plantas com que se faria o ramo da Espiga.
Quinta-feira de Ascensão - Dia da Espiga. É fazer o raminho e conservá-lo até para o ano, atrás da porta da entrada, para dar sorte. Dará?
Segundo a tradição, no Dia da Espiga, considerado o "dia mais santo do ano", não se trabalhava - este ano calhou, precisamente, no dia dos Trabalhadores. Será muito difícil ocorrer novamente esta coincidência.
Era também chamado o "dia da hora", porque ao meio-dia tudo parava: "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". E ao meio-dia colher-se-iam as plantas com que se faria o ramo da Espiga.
Subscrever:
Mensagens (Atom)