quinta-feira, 26 de junho de 2008

continuam a morrer como tordos!



A criança de dois anos que caiu a uma piscina sábado último faleceu esta quinta-feira no Hospital Central de Faro, onde estava internado nos Cuidados Intensivos Pediátricos em estado "muito reservado", informou fonte hospitalar.

"A criança, infelizmente, acabou por falecer hoje" foi o único comentário obtido do Hospital de Faro.

A criança caiu a uma piscina de moradia de familiares, no concelho de Lagos, foi retirado da água pelo próprio pai e transportado para o Hospital do Barlavento Algarvio, tendo depois sido transferido para Faro.



No sábado, dia 21, já outra criança de dois anos se tinha afogado numa piscina de familiares, perto de Silves, tendo morrido.

Outros dados são que 80% dos afogamentos ocorrem em piscinas privadas, e estão a aumentar porque os pais e adultos são negligentes (não colocam braçadeiras) e arrogantes (acham que é tudo uma invenção, esta coisa de se afogar numa piscina). Além de autosuficientes (porque crêem poder controlar os movimentos da criança).

As piscinas SÃO um perigo. Enquanto não metermos isto na cabeça, as coisas vão piorar. Esta semana morreram duas crianças de dois anos. Por estupidez e comportamento negligente dos adultos. Raios os partam!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

um exemplo para contar às crianças...


Bordéus. 1940. A Wehrmacht ocupa a França. Centenas de milhar de pessoas fogem do terror nazi. Pegam nas crianças e nos idosos, lançam mão de alguns dos seus haveres e metem-se à estrada. Os alemães perseguem-nos. O objectivo é exterminá-los - Hitler foi muito claro.

Os fugitivos procuram refúgio. A palavra passa: há um pequeno país de onde é possível partir para terras mais seguras, onde não se perseguem nem assassinam as pessoas só porque têm uma religião diferente, uma cor da pele diferente, opções politicas diferentes.

Para chegar a esse país, é necessário atravessar outro país, um pouco maior, dilacerado por uma Guerra Civil, e nas mãos de governantes que não escondem a sua simpatia pelo regime que vigora na Alemanha. E para atravessar a Espanha era necessário um visto português.

Em 1939, Salazar tinha dado ordens claras ao corpo consular: nada de vistos, eles que se amanhem. Houve contudo um Homem (entre outros, que felizmente a coragem e a rectidão não são tão raras como isso) que resolveu dizer "Não!". "Não!" às ordens injustas, "Não!" aos regulamentos iníquos, "Não!" às leis criminosas. "Recusar os vistos era superior às minhas forças!". Esse Homem foi Aristides de Sousa Mendes, consul de Portugal em Bordéus nos anos negros do nazismo.

A coragem deste Homem não se diz em 30.000 palavras nem se conta em 30.000 páginas. Trinta mil... foi o número de vistos que, em poucos dias, Aristides de Sousa Mendes passou, à revelia do ditador, mas em consonância com o que de mais nobre a condição humana tem. Aristides de Sousa Mendes salvou 30.000 pessoas da morte. E acabou despedido9 no dia 23 de Junho de 1940 - faz hoje 68 anos -, julgado, condenado, e reduzido à miséria, obrigado a pedir esmola para alimentar a família até morrer num hospital de Lisboa, em 1954.

"Quem salva um homem, salva a Humanidade inteira!" - pode ler-se na placa de homenagem, em Jerusalém.

É este o valor da solidariedade, da nobreza e da rectidão de carácter, face à iniquidade e ao desprezo pela condição humana. Neste dia, em que se celebraria o seu aniversário, lembremo-lo, para que a História, ou pelo menos a parte mais abjecta dela não se repita. Para que não esqueçamos o valor de um Homem e, em consequência, o valor da Humanidade inteira.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Edu, "the kid"


Para onde há-de ir billy the kid?
Billy não sabe para onde há-de ir
Persegue a morte na pessoa dos outros
Quando era nele que ele a devia afinal perseguir

Ruy Belo



Edu
Edu, (Billy) the kid, chegou assustado. Empurrado por um guarda que, gravemente, discursou, Sr. Dr., na minha opinião, só aqui ele se poderá recuperar. É a sua última oportunidade. Fingindo concordar, o psicólogo despachou o polícia. Assistiu impressionado à catadupa de questões, conselhos, ralhetes e relambórios com que os diferentes técnicos esgrimiram o miúdo – “meia-leca” de quinze anos, corpo de bebé com olhar de muitas vidas. Finalmente, a sós, disse-lhe que podia chorar. E aquela muralha desabou, aceitando ali ter a coragem de ter medo. Dizia que o que mais o chateava era terem-no ido buscar a casa, que a mãe, que brincava muito com ele, lhe dissera que estavam lá dois senhores, e que, como tantas vezes, fingindo não acreditar, acreditou. Que o ódio é dos GNRs, são nojentos....., os outros “chuis” até são porreiros, mas aqueles só batem! E sempre por coisas pequenas, por chocolates. Ah...., e as roupas de marca, sempre as quis ter. Que já fez muita porcaria, sim senhor, e que se calhar até precisa de estar ali. A mãe acha. Mas os “chuis” são nojentos e o pai,....esse que morreu quando ele tinha cinco anos, partia varas nas costas da mãe e espancava o irmão. Vomitou o fígado quando morreu, nunca mais vai esquecer esse dia, odeia bêbados...., e drogados. Ama a mãe. Mas não sabe se tem safa. Ama mais ainda a adrenalina....

terça-feira, 3 de junho de 2008

Poesia de Rita Santos - ESCOLA

A escola é para aprender
a escola é para saber
mas nunca ninguém sabe
o que lá anda a fazer!!!

Para quê estudar português ou inglês
se depois é para estar à mercê
dos patrões
que são uns grandes aldrabões
e só sabem falar chinês?!

Os professores ensinam
os alunos aprendem,
mas há sempre os que imaginam,
e os que não entendem...

Rita Santos, 14 anos

Convite a todas as Crianças e Adolescentes


O ESCA deixa o convite de que todas as crianças e adolescentes participem neste espaço escrevendo o que desejarem. O que vier a ser publicado neste mês de Junho, será inscrito numa Tela e colocado numa das salas do Espaço Clínico do ESCA.

Participem!

Poderão enviar os textos, por email para esca@esca.pt ou por fax para o nº21 8121745.
(www.esca.pt)

domingo, 1 de junho de 2008

Parabéns!