quinta-feira, 21 de maio de 2009

pater nostrum...



A Comissão de Inquérito sobre o Abuso de Crianças, na República da Irlanda, estava há nove anos a investigar suspeitas em instituições católicas e chegou à conclusão de que 2.000 crianças sofreram violações ao longo de 60 anos.

Houve violações e agressões, medo, disciplina severa. São 2500 páginas em que se conclui que as crianças sofreram abusos físicos e sexuais e que líderes da Igreja Católica sabiam o que estava a acontecer nas instituições e sobretudo nas destinadas a rapazes. Houve um regime severo, disciplina opressiva, por vezes fome.

O relatório sublinha que “os autores dos abusos puderam continuar a fazê-los durante longos períodos sem serem perturbados”.

É uma interpretação perversa e sórdida do "Deixai vir a mim as criancinhas" - esperemos que o Papa se pronuncie.

2 comentários:

All Varo disse...

Talvez um próximo Papa, que retorne ao Concílio Vaticano II...

Como vinha hoje num diário, estes jovens foram abandonados consecutivamente - pela sua família, o seu estado e a sua religião...

Mário disse...

O Estado é a mãe mais madrasta e mais omissa, o que é inaceitável.

Creio que temso de ser nós, enquanto cidadãos, a ser mais rigorosos e corajosos na denúncia dos prenúncios destes casos, tal como os de professores como a do caso de Espinho - terá sido possível que ninguém desse pelo estado psíquico da senhora? Claro que os alunos se divertiam e gostavam... mas para quê deixar andar as coisas a ponto de humilhar uma pessoa assim? E os pais que fizeram dos filhos bufos, através de meios ilegais?