sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

a fada dos dentes

A fada dos dentes

Aparecia quando se esperava, mas não se sabia bem se cumpriria - tudo dependia da nossa consciência. Portámo-nos bem? Merecemos?

O dente debaixo da almofada, o tentar não adormecer para ver se "ela" surgia, mas o sono, esse desmancha-prazeres, acabava por vencer e caíamos para o lado.

No dia seguinte, estava lá: uma moeda, um presente, algo apenas simbólico.

Afinal, sempre tínhamos crescido. Não eram promessas vãs dos nossos pais para comermos melhor a sopa ou a alface.

Devíamos todos guardar essa moedinha, como o Tio Patinhas fez com a "número um", mesmo que correndo o risco de haver uma Maga Patalógica que destila inveja (mas também charme).

Fica a memória da Fada dos Dentes ou, para os mais reservados, o "Ratinho dos Dentes".

2 comentários:

Anónimo disse...

Na nossa casa é o ratito dentito.
Guarda uma incalculável colecção de moedas, sobretudo velhos escudos e libras.
Botões e outras relíquias.
Ainda hoje a minha filha de 12 anos deixa os dentes debaixo da almofada na expectativa da visita.
A esperança alimenta-se de crer e não apenas de querer!!!

Mário disse...

E quando nos levantam uma questão, aos seis anos, que é não terem dentes para trocas, mas terem dentes novos, lá atrás?

Não deveria haver um gato, canídeo que os compensasse? Ou, pelo contrário, teriam de ser eles a pagar alguma coisa?

Deixo o dilema para debate...